quinta-feira, 9 de julho de 2009

São duas e dezanove minutos da manhã. Amanhã é dia de 'pica-boi'. Mas há coisas que me atormentam. Tantas delas sem sentido. Perco o sono. Reviro na cama vezes sem conta à procura de respostas para tudo e mais alguma coisa. É um defeito. Respetio. Percebo que cada um tem o seu papel em qualquer relação. Respeito exige-se quando não ultrapassamos os próprios limites. É triste quando os perdemos. Quando pensamos ser donos de toda e qualquer razão e os tais limites não nos chegam. Só aos outros. É nestas raras vezes que sinto pena. Hoje sei. É triste quando temos de ser e assumir papéis que não são nossos. São de outros que, donos do seu mundo, se perdem. Sem fronteiras. Ainda assim exigem.
Um Pai é sempre um Pai. Um amigo às vezes. Nunca um filho. Um filho é um filho. Um amigo talvez. Nunca um Pai. Quando o respeito é constante, a partilha existe. É comum. Desafortunados aqueles que não são respeitados pelo que são. São-no pela pena, receio, tristeza, desconforto.


Pensa-se que falta tanto. Tenho que chegue. Ainda eu peço tanto quando já tenho outro tanto.

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