sábado, 18 de julho de 2009



Os relógios flácidos, que se dobram sem se desfazerem. O tempo que persiste. As memórias que, ainda que pouco nítidas, nunca se perdem. A obsessão humana com o tempo e a memória. E ele, ali, no meio de tudo.
Num dia admiro. Noutro 'A Persistência da Memória' aflige.
Sinto o vazio. As palavras, qualquer uma delas, não fazem sentido. Estão vazias de tudo. Pequenas demais. Não chegam.
Ouço o silêncio. Retenho tudo. Espero que se cale sem ousar interromper. Respeito-o. E.
Vejo o nada. Pouco desse nada já é muito. Incomoda.
Fico. Na sombra do que não sinto, não escuto e não vejo. Distante, absorta do nada. Os relógios ainda que descaídos marcam o tempo. Esse que não quero sentir, ouvir nem ver.




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