Inseparáveis.
Quando nos apresentámos ninguém nos disse que estávamos a dar um nó num laço inseparável.
Ninguém nos disse que íamos passar madrugadas a divagar sobre o nada.
Ninguém nos disse que íamos rir até à lágrima.
Ninguém nos falou das maravilhas de darmos as mãos e de passarmos o melhor dos nossos dias juntos.
Ninguém nos falou das vicissitudes que poderiam vir.
Ninguém nos deu a coragem.
Encontrámos a nossa coragem e força vindas das inúmeras horas de risadas descabidas.
Ninguém nos falou dos tropeços e o nosso mundo desabou pelos inúmeros desamores, pelas não conquistas.
Banalidades de jovens adultos.
Quando um de nós caiu, o outro estava lá cheio de força.
Com a mesma coragem daquelas madrugas loucas.
A vida deixou-nos beber da melhor colheita.
E das melhores castas viemos nós.
Diferentes no ser, iguais nos valores.
O sentimento de irmãos, amigos, família cresceu em nós pela partilha, essa sempre constante.
E assim hoje, e para todo o sempre, quase como que numa cerimónia matrimonial, abraçamo-nos juntos.
Selamos uma vez mais o nosso amor amigo.
Aquele abraço calmo. Silencioso. Forte. Desajeitado. Mas. Firme. Cheio. Quente. Sente. O nosso abraço em ti.
''É aquele abraço, onde digo muito sem dizer nada e ouço muito sem que ele diga uma só palavra.''
Somos nós, Inseparáveis.